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A discussão do Argumento Moral no debate com Craig


Falei rapidamente no post anterior sobre o Argumento Moral para a existência de Deus, um dos mais caros ao grande apologeta William Craig e talvez um dos mais intuitivos para o senso comum. No debate com Dacey, talvez o mais filosófico disponível por completo no Youtube, Craig responde assim à objeção de que falei e à negação da tese de que Deus seja a única explicação para valores morais objetivos:

Ele [Dacey] diz que mesmo que deus não exista, valores morais objetivos existem. E eu simplesmente o desafiaria a explicar a nós por que, no ateísmo, seres humanos são especiais, por que seres humanos têm valor. Ele sugere e também escreve isso em seu livro, que é a nossa capacidade de sofrer e ter projetos. Mas claramente todos os tipos de animais têm capacidade de sofrer e quanto a ter projetos, mesmo castores têm projetos, como fazer uma represa através do riacho. A capacidade de sofrer e ter projetos não mostram, ao meu ver, de forma alguma que seres humanos estão investidos de valor moral objetivo. Em todo caso, mesmo que nós fôssemos diferentes nesse sentido, porque isto constituiria um valor moral intrinsecamente objetivo? Isso é arbitrário no ateísmo. No ateísmo nós somos apenas animais e animais não são agentes morais. (…) eu não acho que Dr. Dacey conseguiu nesta noite explicar porque é plausível que, não existindo Deus, você ainda salve valores morais objetivos e o valor do ser humano. E ele diz, mas como Deus fundamenta o valor moral objetivo? Bem, simples, a natureza ou o caráter moral de Deus é o Bem. Deus é, por natureza, essencialmente amoroso, gentil, generoso, justo e assim por diante, e esta natureza se expressa para nós na forma de comandos divinos que constituem nossos deveres morais.

Estando sem tempo para uma discussão mais completa, vão aí algumas observações sobre essa resposta: Continue lendo